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POEMAS, MÚSICAS E GIFS POÉTICOS
Caminhos da alma (Carta ao “criador”)
Autor: D'Bara Arruda
Querido controverso emulado pela fé…
Na beira do tempo, eu paro e penso,
em quantos passos caminhei em silêncio.
O mundo grita, mas eu escuto
a voz do vento no meu peito oculto.
As dores dançam entre os olhos meus,
feito orações esquecidas por Deus.
Mas sigo inteiro, mesmo despedaçado,
porque a alma é fogo sagrado.
E o sagrado não se extingue,
ele se expande na obscuridade
dos anseios que escorrem
no reflexo dos olhos que tudo viram
sem ter pertences, posses
só uma parcela biológica
do corpo de marionete que lhe aprisiona.
A alma caminha por entre ruínas,
mas ainda assim é templo.
O corpo, mesmo sendo matéria,
segue cúmplice e escravo,
se deleitando dos prazeres
que só os sentidos ratificam.
A ausência de respostas divinas
não silencia a chama do sagrado.
E talvez, a grande revelação
não esteja na fé…
…mas na dúvida resistente
que se recusa a morrer.
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