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POEMAS, MÚSICAS E GIFS POÉTICOS

O paradoxo de ser vulnerável e inatingível, luz e lâmina, abraço e víbora

Autor: D'Bara Arruda

 

Caríssimo eu, é uma escolha, "o não ver"

("Monólogo do 'meu' e não da 'minha'")

 

Se minhas palavras não ferirem o ego da iniquidade,

preferia nascer eunuco para não proliferar a terra de covardes.

 

Se meu pensamento não produzir sonoridade

e ter o poder de uma peçonha mortal

para paralisar as bocas de sorrisos de impropérios,

prefiro ser decapitado

para não comer os restos que se prendem entre os dentes dessas bocas.

 

Então que eu castre meus dedos,

para não ser eu o que aponta os defeitos alheios —

nem tampouco quero me vestir de perfeição.

Afinal, eu sou esse caos que flutua entre o caos da existência.

 

O que eu quero ser?

 

Pulsar como algo livre

Ser consciente e vivo

O amigo melhor do meu inimigo.

Quero ser o livro aberto dos que fazem intrigas,

e o que se dá aos gananciosos de reciprocidade nula.

Não quero sempre ser o deleite da razão

 

— Mas também quero ser o fim que abriga a luz no túnel,

ou quiçá o túnel inteiro, com vidros cortantes ao invés de asfalto de afagos.

 

Já não me importa o que pensas de mim —

não quero ser seu espelho, Narciso. “Basta!”

 

O oleiro da minha vida sou eu.

E se for para me moldar por conveniência,

então me quebro antes de ir à prateleira

do julgamento do seu ego inflado.

 

Não quero ser a pedra, nem o limo.

Sou isso aí:

água cristalina e pura.

 

Porém, não me bebas com ânsia de consumo,

porque, além de se engasgar com minha densidade,

você pode experimentar algo mais amargo que absinto

e mais viscoso que o piche em natura.

 

Estou aí!

E talvez seja o que temos para hoje:

aconchegante como abraço de víbora.

 

Talvez atemporal.

Talvez abstrato.

 

"Meu análise" é perfeita como os passos de uma tartaruga —

devagar para você, né?

"Pretérito do inesquecível puro"

Precaução para mim…

 

O que é ser inteiro num mundo de fragmentos?

Quanto custa ser inteiro?

“Como se manter puro sem ser consumido?”

E quem sobrevive a isso?

 

Olha para mim sem essa catarata hipócrita

e não me perdoe se você ainda não entendeu

Mentiu para você quem disse

que a simplicidade mora nos mínimos detalhes

Pois dentro da molecula existe...

 

...vida

 

© D’Bara Arruda – Todos os direitos reservados.Proibida a cópia, reprodução ou uso comercial sem autorização.Licenciado por Creative Commons com crédito obrigatório.

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